Fantástico, lunático, frenético Tomei tudo que tinha Na garrafa de água com ácido lisérgico Pra cada gole uma gotinha
Eu vou contar pra vocês uma história em forma de verso Sobre o dia em que um ácido dobrou o universo E todo lado onde eu olhava derretia Me sentia tipo Alice, misturado com Sofia
Pra onde olhava eu só via fractal Os segredos da vida e a raiz de todo o mal Senti a paz no planeta terra Quando vi cada interesse por trás de cada guerra
Refrão
Derreti demais Devia ter tomado só meio Mas em terra de cego, meu amigo Quem tem boca sempre encontra o tiroteio
Se eu mandar agora O tiro vai me salvar? Ou será que eu vou travar? Cada droga uma brisa, eu quase nunca misturo Mas hoje eu já tô tão louco que eu tô vendo o futuro
Refrão
Quando uso muita droga eu vejo tudo ir pelos ares Dá pra ver quando eu tô louco pelos globos oculares Tingidos de vermelho e a pálpebra bem baixinha Pupila dilatada e nariz sujo de farinha
Passei dos meus limites, hoje já não tem mais volta Tá difícil de falar, eu tô com a boca toda torta Não sinto minha cara, não sinto meus dente Já tô dando trabalho mas eu sigo sorridente